A Sociedade Esportiva Palmeiras é um clube poliesportivo brasileiro sediado em São Paulo que tem como modalidade esportiva principal o futebol. As cores do clube, presentes no escudo e bandeira oficial, são o verde e branco. O vermelho, presente desde sua fundação, foi excluído durante a Segunda Guerra Mundial, por pressão do governo nacional, na mesma reunião que formalizou a mudança de nome de Palestra Itália para Palmeiras. Em junho de 2009, ano em que completa 95 anos, o clube voltou a utilizar o vermelho em seu segundo uniforme, mais precisamente na manga da camisa branca, como forma de resgate das tradições.
Seus títulos mais importantes conquistados no futebol foram a Copa Libertadores da América de 1999 e a Copa Rio de 1951, considerado na época como o primeiro Mundial de Clubes de futebol da história, embora não seja assim reconhecido pela FIFA, que em 15 de dezembro de 2007 divulgou comunicado oficial sobre o tema[2], voltando atrás de uma decisão tomada meses antes e comunicada ao clube pelo então secretário-geral da entidade, Urs Linsi.
O Palmeiras é a equipe brasileira com o maior número de títulos nacionais conquistados, sendo o único a vencer todas as competições oficiais que disputou criadas no País, inicialmente pela Confederação Brasileira de Desportos (CBD) e, a partir da década de 70, pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF)[5]. O alviverde possui dez conquistas deste porte, com destaque para os quatro títulos (1972, 1973, 1993 e 1994) do Campeonato Brasileiro, principal disputa do País desde 1971. Além do Campeonato Brasileiro, o Palmeiras já venceu a Copa do Brasil de 1998, a Taça Brasil (1960 e 1967), o Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1967 e 1969) e a Copa dos Campeões de 2000.
Em 1965, era inaugurado o Estádio Magalhães Pinto, o "Mineirão". Para coroar os festejos da inauguração, organizou-se um amistoso entre a Seleção Brasileira e a do Uruguai e, pela primeira vez na história do futebol brasileiro, uma equipe de futebol, a Sociedade Esportiva Palmeiras, foi convidada para compor toda a delegação, do técnico ao massagista, do goleiro ao ponta-esquerda, incluindo os reservas. Uma primazia única em reconhecimento à melhor equipe do País, que vencia a todos os adversários e convencia, encantava de tal maneira que recebeu da imprensa e do povo a alcunha de "Academia de Futebol". A partida foi no dia 7 de setembro (data da independência brasileira), e o Palmeiras derrotou o Uruguai por 3 a 0.[6]
No Estado de São Paulo, o Palmeiras também é um dos principais vencedores, com 22 conquistas do Campeonato Paulista de Futebol e mais dois títulos extras da mesma competição. Em 1996, o alviverde conquistou o estadual daquele ano com a melhor campanha de uma equipe na era profissional neste campeonato[7]. Na ocasião, foi campeão com 83 pontos ganhos em 90 possíveis, com um índice de aproveitamento de 92,2% dos pontos disputados e 102 gols marcados em 30 jogos realizados. Desde então, esta marca jamais foi alcançada por qualquer outra equipe na competição.
História
Crystal Clear app xmag.pngVer artigo principal: História da Sociedade Esportiva Palmeiras
"Cruz de Savoia", primeiro distintivo utilizado pelo Palestra Itália em 1915
Time do Palestra Itália em 1916
Palestra Itália Campeão Paulista de 1920
Palestra Itália Campeão Paulista de 1933
A História da Sociedade Esportiva Palmeiras começa no dia 26 de agosto de 1914, quando o clube foi fundado por imigrantes italianos na cidade de São Paulo com o nome de Società Sportiva Palestra Italia. A primeira partida da equipe foi disputada em 24 de janeiro de 1915 contra o Savóia, do atual município de Votorantim, à época distrito de Sorocaba, no interior paulista, e contou com a vitória palestrina por 2 a 0, com gols de Bianco e Alegretti. Depois de colecionar nas décadas de 20 e 30 do Século XX uma série de títulos paulistas e conquistar uma quantidade relevante de torcedores, o clube foi obrigado a mudar seu nome para Sociedade Esportiva Palmeiras em 1942, por ocasião da Segunda Guerra Mundial, já que o Brasil, governado pelo então presidente Getúlio Vargas, declarou guerra aos países do "Eixo" (Alemanha, Itália e Japão) e se alinhou aos países "Aliados", (EUA, URSS, Grã-Bretanha, França, e outros países).
Na sua primeira partida com o novo nome, sagrou-se campeão paulista com uma vitória sobre o São Paulo FC no Estádio do Pacaembu. Nas décadas seguintes, ampliou seu acervo de títulos e se consolidou com uma das equipes mais importantes do Brasil. Nos "anos de ouro" do futebol brasileiro, quando o País conquistou seus três primeiros títulos mundiais de futebol e encantou o planeta, o Palmeiras era um dois poucos times que conseguiam ser páreo para o Santos de Pelé, considerado um dos maiores times do mundo em todos os tempos. Na ocasião, por conta da técnica apurada e pelo toque de bola refinado de seus jogadores, o Palmeiras foi comparado a uma "Academia de Futebol".
Coincidentemente, após o maior ícone da Academia, o meia Ademir da Guia, encerrar a carreira em 1977, o Palmeiras ficou durante um longo período sem conquistar títulos. Conhecido como "Divino" por conta da grande classe no trato da bola e pela eficiência, Ademir da Guia é considerado o maior jogador da história do alviverde, com a impressionante marca de 901 jogos disputados, 153 gols marcados e dezenas de títulos conquistados, entre campeonatos oficiais e torneios amistosos nacionais e internacionais.
O jejum de títulos entre 1976 e 1993 foi o mais longo da história do clube e exigiu paciência da torcida, que viu seus maiores rivais dominarem as conquistas da década de 1980. O martírio alviverde foi sepultado depois que a diretoria idealizou uma inédita parceria para a gestão do futebol com a empresa multinacional de origem italiana Parmalat. Tal acordo, possibilitou a contratação de grandes jogadores e técnicos competentes, que recolocaram o Palmeiras na trilha das conquistas e levaram a equipe para o topo da América, com o título da Libertadores de 1999.
Depois do novo período de alegria e já com o término da parceira com a Parmalat, a torcida alviverde conviveu com a enorme tristeza do rebaixamento no Campeonato Brasileiro de 2002. Numa demonstração de paixão e fidelidade, apoiou o Palmeiras na conquista da Série B de 2003.[8] A primeira década do Século XXI tem sido um período de reestruturação política e administrativa para o clube, que voltou a levantar um título de primeira divisão somente em 2008.
* Outras informações:
Equipes do Atlético e do Palmeiras perfiladas antes de partida válida pelo Campeonato Brasileiro de 2007.
As cores oficiais são o verde e o branco, por isso também é chamado de "alviverde". Originalmente, o clube ostentava as cores verde, branca e vermelha. A terceira cor foi retirada em 1942, por fazer alusão à bandeira da Itália. Outro apelido bastante comum é "verdão".
Ressalta-se ainda, o fato do Palmeiras/Palestra Itália atuado em algumas partidas, principalmente em amistosos internacionais, com camisas azuis, como forma de homenagem a camisa da Seleção Italiana de Futebol, porém, a mais notória partida cujo Palmeiras entrou em campo de uniformes azuis, sem dúvida, foi a partida válida pela penúltima rodada do Campeonato Paulista de Futebol de 1954 (jogo disputado em fevereiro de 1955) contra o Corinthians, neste jogo para continuar tendo chances de conquistar o título paulista, o Palmeiras necessitava da vitória contra o rival, porém com o empate por 1X1, o Palmeiras foi para a última rodada sem chances de conquistar o título.
Ao contrário do que reza a lenda futebolística, aquele uniforme azul, não foi confeccionado exclusivamente para a partida contra o Corinthians, aquele, era o segundo uniforme oficial que o Palmeiras tinha registrado na Federação Paulista de Futebol para a disputa do campeonato de 1954[10]
Em 1992, com a parceria na gestão do futebol realizada com a empresa multinacional de origem italiana Parmalat, o Palmeiras promoveu a mais radical mudança em seu uniforme principal. Na ocasião, a camisa verde-esmeralda que marcou os tempos da "Academia", deu lugar a uma camisa verde com um tom bem mais claro e com listras verticais brancas. No ano seguinte, com um tom de verde levemente mais escuro, a camisa listrada entrou para a história do clube, já que foi com ela que o Palmeiras encerrou um jejum de 16 anos sem títulos na final do Campeonato Paulista de 1993, contra o Corinthians.
Equipes do Palmeiras, de verde-limão, e da Portuguesa em partida do Campeonato Brasileiro de 2008 no Estádio do Pacaembu.
Em 1997, o uniforme principal começava a se aproximar da versão tradicional, sem a listras, mas o verde foi dividido em dois tons, um mais claro e outro mais escuro. No ano seguinte, a equipe que conquistou a Copa do Brasil de 1998 já mostrava uma camisa com um verde mais condizente com as tradições do Palmeiras. De 1999 a 2007, a camisa principal sofreu mudanças de tonalidade, chegando a contar com faixas brancas e até amarelas, por influência da fornecedora de material esportivo, para, em 2008, voltar a a apresentar o verde mais escuro e preferido pela torcida.
Nota-se ainda, em relação às cores utilizadas nos uniformes da equipe, que, a partir da primeira década do Século XXI, como estratégia de marketing, as empresas fornecedores de materiais esportivos têm quase que anualmente lançado os ditos terceiros uniformes, com cores que muito pouco ou nada tem a ver com as cores originais do Palmeiras. Dentre estes uniforme já houve um com várias tonalidade de verde azulado, outro na cor cinza, e em 2007 um uniforme na cor verde limão, que, por conta do sucesso entre a torcida, foi adaptado como segundo uniforme em 2008 até junho de 2009. Em agosto de 2009, o clube lançou o terceiro uniforme na cor azul, com detalhes brancos e com a Cruz de Savóia como escudo, em mais uma homenagem às suas raízes italianas[11].
Material esportivo
Até 1976 não se tem registro exato sobre a utilização de fabricantes fixos dos materiais esportivos. Consta a utilização das marcas Athleta e Hering (que utilizava sua linha esportiva denominada HerinGol). A partir de 1977 a alemã Adidas estampou sua marca na camisa do Palmeiras (vale ressaltar que o Palmeiras foi o primeiro clube brasileiro a utilizar o logotipo do fabricante de material esportivo na camisa):
* Adidas 2006 - atual fornecedora
Patrocinadores
Após a liberação de patrocinadores nas camisas dos clubes em 1982, o Palmeiras utilizou muitos patrocinadores pontuais (alguns por apenas uma partida ou períodos curtos, sendo:
* Aveia Quaker: 1984 (estampou sua marca apenas na camisa do jogador Ademir da Guia e apenas nesta partida disputada entre Palmeiras X Seleção Paulista de Futebol, que marcava a despedida do jogador)
* MERCAPLAN D.T.V.M.: 1984
* Bandeirante Seguros: 1984
* Marte Rolamentos: 1984
* Furglaine: 1984
* Bavesa: 1985
* Lanche Mirabel: 1985
* Brandiesel: 1985
* Consorcio Baptistella: 1985
* Pão de Açúcar Veículos: 1985
* Borcol: 1986
* Relógios Cassino / Shark: 1986
A partir de 1987, o Palmeiras assinou o primeiro contrato de patrocínio de camisa por uma temporada inteira e, a partir daí, temos os seguintes patrocinadores:
* Agip: 1987-1988
* Coca-Cola: 1989-1992
* Parmalat: 1992-2000 (em 1998 usou o produto Santál Active)
* Pirelli: 2001-2007 (eventualmente utilizava-se das marcas dos produtos Scorpion ATR Cinturado P4 e Cinturado P7)
* Fiat: 2008 (eventualmente utilizava-se da marca de tratores Case)
* Suvinil: 2008-2009 (patrocínio das mangas)
Atualmente, o Palmeiras conta com os seguintes patrocinadores
* Samsung - Master
* Fast Shop - Mangas
Mascotes
Periquito - mascote oficial do Palmeiras
Seu mascote oficial é um periquito verde,[12] mas nos últimos anos a torcida adotou o porco como o mais efetivo. O "porco" surgiu, na verdade, como gozação das torcidas adversárias. Apesar disso, a torcida alviverde não encarou a gozação como pejorativa e hoje grita entusiasmada nos jogos: "Olê, Porco! Olê, Porco!"
De acordo com o site oficial, o periquito foi escolhido desde a fundação do time por causa da comum coloração verde e, também, por esse passarinho existir em abundância onde o clube está localizado, além de ser um pássaro de origem brasileira. Uma curiosidade: o periquito, apesar de alguns confundirem, nada tem a ver com o personagem da Disney Zé Carioca. Aliás, o palmeirense é bem mais antigo e foi desenhado em São Paulo.
Hino
O Hino da Sociedade Esportiva Palmeiras foi composto em 1949 pelo dr. Antonio Sergi, maestro, regente, arranjador e professor do consultório dramático e musical de São Paulo, diretor artístico da rádio Cruzeiro do Sul e maestro da Orquestra Colúmbia.
Nascido na Itália em 10 de Junho de 1913, Antonio Sergi naturalizou-se brasileiro, e além de músico, era médico cardiologista formado pela Escola Paulista de Medicina.
Como sua paixão era a orquestração e a música erudita, nas poucas vezes em que elaborou as letras para as próprias composições, usou o pseudônimo de Gennaro Rodrigues.
O clube
Associados
Hino Palmeiras
Autores: Antônio Sergi e Gennaro Rodrigues
Quando surge o alviverde imponente
No gramado em que a luta o aguarda
Sabe bem o que vem pela frente
Que a dureza do prélio não tarda
E o Palmeiras no ardor da partida
Transformando a lealdade em padrão
Sabe sempre levar de vencido
E mostrar que de fato é campeão
Defesa que ninguém passa
Linha atacante de raça
Torcida que canta e vibra
Defesa que ninguém passa
Linha atacante de raça
Torcida que canta e vibra
Por nosso alviverde inteiro
Que sabe ser brasileiro
Ostentando a sua fibra
Fonte:Hino
http://ultradownloads.com.br/
g2h
level
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
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